sexta-feira, 4 de julho de 2008

Proximidade de trânsito 'aumenta risco de alergias em crianças'


Um estudo realizado na Alemanha sugere que crianças que moram em regiões de trânsito movimentado aumentam em 50% as chances de desenvolver doenças alérgicas como asma e infecções de pele.
Os pesquisadores do Instituto de Epidemiologia do Centro Helmholtz para Pesquisa de Infecções analisaram 3 mil crianças em dois grupos – o primeiro residia no centro da cidade de Munique, no sul da Alemanha, e o segundo era composto por crianças que viviam em áreas de menos trânsito em outros pontos da cidade.
A pesquisa observou as crianças durante seis anos.
Todas elas moravam no mesmo local desde o nascimento.
Segundo o estudo, quanto mais longe do trânsito as crianças moravam, menor era o risco de desenvolver doenças respiratórias e alergias.
De acordo com os pesquisadores, trata-se do primeiro estudo epidemológico controlado em laboratório que comprova os efeitos já conhecidos da poluição do trânsito na saúde das crianças.
Impacto
Para chegar aos resultados, a equipe considerou a distância da casa ao trânsito e a contaminação do ar registrada no endereço das crianças - a partir da concentração de partículas finas e gases resultantes da queima dos motores dos carros.
Segundo a pesquisa, a incidência de doenças respiratórias nas crianças, como asma alérgica e alergias ao pólen, aumentou proporcionalmente ao nível de partículas finas no ar.
Já a elevação da presença de gases poluentes na atmosfera, como o dióxido de nitrogênio, contribuiu para elevar os casos de alergias de pele nas crianças.
Os resultados indicaram ainda que as crianças que viviam a menos de 50 metros de uma via principal desenvolveram alergias com uma freqüência até 50% maior em relação às crianças de mesma idade, mas residentes em áreas afastadas do trânsito.
Para avaliar as condições de saúde dos participantes, a equipe de cientistas analisou exames de sangue para constatar a presença de anticorpos dos tipos mais comuns de alergia e realizou questionários freqüentes com os pais das crianças.
fonte bbc brasil
foto bbc brasil