sexta-feira, 20 de junho de 2008

FATO OU FICÇÃO: O CHICLETE LEVA 7 ANOS PARA SER DIGERIDO?


Por John Matson Quase todo mundo já passou por isso.

Você está mascando um chiclete alegremente quando, de repente, engole o doce sem querer – ou ao ser pego no flagra pelo professor na sala de aula, ou talvez lutar contra um inocente soluço. E então, uma voz da infância volta a ecoar na mente: “Não engula o chiclete – ele vai ficar preso na sua barriga por sete anos!”.

Enquanto a goma refrescante se encaminha para o abismo digestivo, você começa a pensar se a “profecia” seria mesmo verdadeira. Mas não se preocupe. Essa crença folclórica de origem desconhecida, porém famosa no mundo inteiro, não tem qualquer base.


Ao ser perguntado se o boato não tinha fundamento médico, o gastroenterologista pediátrico David Milov, da Clínica Infantil Nemours, em Orlando, nos Estados Unidos, responde: “Posso lhe afirmar com toda a certeza.” Se a lenda fosse verdadeira, explica Miloy, “então cada pessoa que engoliu um chiclete nos últimos sete anos teria vestígios de goma de mascar no trato digestivo”. No entanto, colonoscopias e endoscopias com cápsulas não mostram qualquer evidência de chiclete. “Às vezes conseguimos ver um pedaço da goma de mascar engolida, mas geralmente ela não fica lá por mais de uma semana.” Segundo Rodger Liddle, gastroenterologista da Escola de Medicina da Duke University, “Nada duraria tanto tempo assim, a não ser que fosse tão grande que não pudesse sair do estômago e ficasse preso nos intestinos.”

Para se ter uma idéia desse tamanho, Liddle diz que moedinhas de 10 centavos passam, mas moedas e outros objetos maiores podem ficar presos. Então, o que acontece com o chiclete que foi mastigado, mas não cuspido? Nada de mais.

Parte dos ingredientes, como os adoçantes, é decomposta, mas a base da goma de mascar é, em grande parte, não digerível. A Food and Drug Administration (FDA), órgão do governo americano que regulamenta a área de alimentação e medicamentos, define a base do chiclete como uma “substância mastigável não-nutritiva”, que pode ser composta por um número variável de elastômeros – materiais parecidos com borracha – naturais ou sintéticos, assim como amaciantes, resinas e conservantes e antioxidantes.

Os elastômeros permitidos incluem chicle, uma goma natural originária de uma árvore, que era mascada por índios da América Central, e a menos tradicional borracha de butila, que também entra na fabricação de câmaras de ar de pneus.
FONTE :UOL

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